Imagine beber algo aparentemente inofensivo e, horas depois, perder a visão ou até a vida. Essa é a realidade da intoxicação por metanol, um risco que voltou aos noticiários após mortes e internações em São Paulo. O perigo é silencioso: o metanol é usado industrialmente, mas quando vai parar em bebidas alcoólicas adulteradas, torna-se um veneno mortal.
A resposta curta é direta: sim, o metanol pode matar e em pequenas quantidades ainda. Ele causa danos graves ao sistema nervoso e, principalmente, ao nervo óptico, responsável pela visão. A boa notícia é que reconhecer os sinais precocemente e procurar atendimento imediato pode salvar vidas.
Ao longo deste artigo, vamos explicar como a intoxicação acontece, quais são os sintomas, como funciona o tratamento e, o mais importante, como evitar cair nesse risco. E se você ou alguém que conhece enfrenta problemas com álcool, saiba que a CT Rezende, clínica de recuperação em Sorocaba, está disponível 24 horas por dia para apoiar essa jornada de recuperação.
O que é intoxicação por metanol e por que é tão perigosa?
O metanol é um álcool simples, mas extremamente tóxico para o corpo humano. Quando ingerido, ele é transformado pelo fígado em formaldeído e ácido fórmico. Essa sequência bioquímica gera uma espécie de “asfixia celular”, já que o ácido fórmico bloqueia a produção de energia nas células. O resultado: falência de órgãos vitais e danos irreversíveis ao nervo óptico.
Diferente do álcool etílico (o que encontramos em bebidas comuns), o metanol não gera apenas embriaguez. Seus efeitos são devastadores, podendo levar à cegueira e à morte.
Sintomas de intoxicação por metanol
Primeiras horas
- Náusea
- Vômito
- Dor abdominal
- Dor de cabeça intensa
- Tontura
Fase tardia (10–30 horas após ingestão)
- Visão turva ou embaçada
- Manchas no campo visual
- Cegueira parcial ou total
- Confusão mental
- Convulsões
- Em casos graves: coma e morte
O que diferencia essa intoxicação de uma “ressaca” comum é o comprometimento visual. Se alguém bebeu e começou a perceber que não enxerga direito, o risco é sério.
Bebidas adulteradas com metanol: como o risco chega até você?
Em setembro de 2025, São Paulo registrou três mortes e dez casos confirmados de intoxicação por metanol. O mais alarmante é que algumas vítimas relataram ter consumido garrafas lacradas e de marcas famosas — mostrando que até embalagens aparentemente seguras podem esconder adulteração (Agência Brasil).
Isso significa que o consumidor comum não tem como identificar visualmente uma bebida adulterada. O preço muito abaixo do mercado e a compra em locais não autorizados são os principais sinais de alerta.
Casos recentes também mostraram que bares e adegas improvisadas são pontos críticos de risco, principalmente para adolescentes e jovens em busca de bebidas baratas (CNN Brasil).
Tratamento para intoxicação por metanol
A corrida contra o tempo é fundamental. O tratamento funciona, mas depende de rapidez:
- Antídoto: o medicamento de escolha é o fomepizol, que bloqueia a enzima responsável por transformar o metanol em substâncias tóxicas. Quando não disponível, pode-se usar etanol hospitalar como alternativa.
- Hemodiálise: em casos graves, o paciente precisa de diálise para eliminar o metanol e corrigir a acidose metabólica.
- Suporte clínico: administração de bicarbonato para combater a acidose e ácido fólico para acelerar a eliminação do ácido fórmico.
Quanto mais cedo começar o tratamento, maiores são as chances de evitar sequelas permanentes.
Como se proteger e proteger quem você ama?
- Não compre bebidas sem procedência. Prefira locais autorizados e desconfie de preços muito baixos.
- Atenção a sintomas visuais. Visão embaçada após consumo de álcool não é normal.
- Procure atendimento imediato. No Brasil, o Disque-Intoxicação da Anvisa é 0800 722 6001.
- Guarde a embalagem suspeita. Ela ajuda na investigação e pode salvar outras pessoas.
Para adolescentes e jovens, a orientação é clara: bebida barata e sem certificação pode custar muito mais caro do que parece.
Conclusão
A intoxicação por metanol não é ficção nem exagero. É um risco real, capaz de cegar ou matar em poucas horas. Os surtos recentes no Brasil reforçam a necessidade de informação, fiscalização e responsabilidade no consumo.
A melhor prevenção é não se expor a bebidas adulteradas. E, para quem enfrenta dificuldades com o álcool, buscar apoio é o passo mais seguro. A CT Rezende, em Sorocaba, está pronta para oferecer acolhimento e recuperação com atendimento humanizado, 24 horas por dia.